sexta-feira, 27 de março de 2009

O novo capitalismo


Em 1919, Lênin tinha plena consciência de que o capitalismo teria saída sim e que não iria se desfazer de forma simples como imaginaram muitos marxistas ingênuos. Sabemos que após a Grande Depressão dos anos 30 e, sobretudo, após o fim da Segunda Grande Guerra (1939-1945) o capitalismo expandiu-se de forma dinâmica e alcançou um crescimento global em ritmo assustador.
Hoje não falamos mais no fim do capitalismo e sim na sua constante necessidade de mudança. O próprio Adam Smith (1723-1790), fundador da economia moderna, nunca afirmou que a economia de mercado seria suficiente ou que deveríamos aceitar a predominância do capital.
Para ele, a generosidade, a justiça e o espírito público eram muitos mais úteis do que o próprio lucro e a necessidade dele no mundo corporativo.
Todas as grandes nações capitalistas centrais do mundo atual dependem de transações que vão muito além do espaço puro e simples do mercado. O desempenho adequado e trasnformador deste sistema, ao longo da História, foi baseado em combinações institucionais que iam muito além da busca desenfreada pelo lucro.
O comércio não deve ser encarado como fonte única de interesse próprio, mas necessita de forma urgente de outros valores mais coletivos e humanitários para funcionar de forma adequada.
É o ponta-pé inicial para sairmos da atual crise deste sistema.



Um comentário:

ricardo aquino disse...

É aquilo, senão isto:o capitalismo teve um impulso importante e sua voz não foi tão confusa e/ou silenciada como foi a voz do comunismo. Aquilo: todas as instituições, todos os sistemas, todos os privilegiados pelos golpes e revoluções se aquecem no calor e conforto do poder. O sistema somente se reestrutura e é bem possível que não haja saída! Adoro seus textos!

com distinto amor e carinho e cuidado e desejo